Idade Antiga
Tales de Mileto (624 – 550 a.C.), grego. Expoente do “monismo”; é considerado o primeiro filósofo ocidental. Tales diz que o princípio de todas as coisas é a água, sendo talvez levado a formar essa opinião por ter observado que o alimento de todas as coisas é húmido e que o próprio calor é gerado e alimentado pela humidade.
Platão (428 – 347 a.C.), grego. Fundador da Academia de Atenas, desenvolveu o “idealismo de Sócrates”[1] e foi professor de “Aristóteles”. Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contacto permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afectam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens das realidades inteligíveis.
Avicena (980 – 1037). Discípulo árabe de “Aristóteles” e do neoplatonismo cujos trabalhos despertaram interesse por Aristóteles na Europa do séc.XIII.
Santo Anselmo (1033 – 1109). Agostiniano e realista italiano famoso por sua prova da existência de “Deus”.
Abelardo (1079 – 1142). Teólogo e filósofo francês cujo nominalismo antagonizou a Igreja.
Averróis (1126 98). Grande filósofo da Espanha islâmica e principal comentador de Aristóteles. Considerava a religião como alegoria para o homem e a filosofia, o caminho para a verdade.
Maimônides (1135 – 1204). Judeu, estudioso de Aristóteles que tentou combinar o ensinamento “aristotélico com o bíblico”.
São Tomás de Aquino (1225 – 74). Filósofo escolástico italiano que estabeleceu um paralelo entre Aristóteles e a Escritura, com base na concepção de que a fé e a razão são concordantes. Sua doutrina filosófica é conhecida como tomismo.
Período Moderno
Desidério Erasmo (1466 – 1536), holandês. O maior dos humanistas, ajudou a difundir ideias renascentistas no norte da Europa.
Nicolau Maquiavel (1469 – 1527), italiano. Maquiavel colocava o Estado como o poder supremo nos assuntos humanos. Seu livro “O Príncipe” trouxe-lhe reputação pelo cinismo amoral.
Francis Bacon (1561 – 1626). Estadista e filósofo da ciência inglesa. Em seu principal trabalho, “Novum Organum”, Bacon buscou renovar o sistema indutivo de lógica na interpretação da natureza.
Thomas Hobbes (1588 – 1626). Materialista inglês que acreditava ser a guerra o estado natural do homem. Em “Leviatã”, Hobbes traçou uma teoria de governo humano em que o estado e a subordinação do homem a ele formam a única solução para o egoísmo humano.
René Descartes (1596 – 1650). Dualista, racionalista e teísta francês cujo sistema “cartesiano” é a base de grande parte da filosofia moderna. Desenvolveu uma teoria de conhecimento que fundamenta a ciência e a filosofia modernas, com base na certeza da proposição “Penso, logo existo”.
Blaise Pascoal (1623 – 62). Teísta francês que afirmava que os “sentidos e a razão” são mutuamente “enganosos”, que a “verdade está entre o dogmatismo e o cepticismo”.
Bento de Spinoza (1632 – 77). Metafísico racionalista holandês que desenvolveu as ideias de “Descartes” mas, rejeitava seu dualismo.
Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646 – 1716). Idealista e absolutista alemão cujo optimismo foi ridicularizado por “Voltaire” em “Cândido”. Afirmava que a realidade consiste em unidades de força chamadas “mónadas”.
George Berkeley (1685 – 1753). Idealista e teísta anglo-irlandês, que pregava que as coisas existem apenas enquanto percebidas e que a ideia de matéria é contraditória.
David Hume (1711 – 76). Empirista, filósofo e historiador escocês, que desenvolveu as ideias de “Locke” em sistema de cepticismo. De acordo com Hume, “o conhecimento humano é limitado à experiência de ideias e sensações cuja verdade não pode ser verificada”.
Jean-Jacques Rousseau (1712 – 78). Filósofo social e político francês, que definia um “retorno à natureza” para combater a desigualdade causada pela sociedade civilizada.
Immanuel Kant (1724 – 1804). Alemão, fundador da “Filosofia Crítica”. Inicialmente influenciado por “Leibniz” e depois por “Hume”, buscava um enfoque alternativo ao racionalismo do primeiro e ao cepticismo do segundo. Na “ética”, formulou o “imperativo categórico” que afirma: o que é aplicado a um dever, ser aplicado incondicionalmente a todos.
Jeremy Bentham (1748 – 1832). Utilitarista inglês que, como Kant, acreditava que os interesses do indivíduo concordam com os da sociedade. Considerava “o prazer e a dor”com motivação da acção correcta.
Johann Gottlied Fichte (1762 1814), alemão. Formulou uma filosofia do “idealismo absoluto”, baseada nos conceitos “éticos de Kant”.
Filósofos do Século XIX
George Wihelm Friedrich Hegel (1770 – 1831), Alemão. Seu sistema metafísico era racionalista, historicista e absolutista, baseado na doutrina de que “o pensamento e o ser são o mesmo”, e que a natureza é a manifestação de um “Espírito Absoluto”.
Arthur Schopenhauer (1788 –1860). Idealista alemão que atribuiu à vontade um lugar de destaque em sua metafísica. Principal expoente do pessimismo, e rejeitava o idealismo absoluto e pregava que a única atitude sustentável está na completa indiferença a um mundo irracional. Afirmava que o ideal maior era a negação do querer-viver.
Auguste Comte (1798 - 1857), francês, fundador do positivismo, um sistema que negava a metafísica transcendente e afirmava que a “Divindade e o homem eram um só”; que o altruísmo é o dever maior do homem e que os princípios científicos explicam todos os fenómenos.
Ludwig Feuerbach (1804 –1872), alemão. Argumentava que a religião era uma projecção da natureza humana. Influenciou Marx.
John Stuart Mill (1806 –73) . Expoente inglês do utilitarismo; diferenciava-se de Bentham ao reconhecer diferenças na qualidade e quantidade de prazer. Sobre a “Liberdade” é seu mais famoso trabalho (1859).
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